Mulheres cientistas mostram como a inclusão do gênero feminino contribui para o conhecimento.
Data da publicação: 11 de fevereiro de 2021 Categoria: Sem categoriaLegenda: A professora da UFC Hilma de Vasconcelos publicou um artigo na revista Science sobre a melhora do transporte de informações em computadores quânticos.
No Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, as pesquisadoras falam de seus trabalhos e dos desafios enfrentados na academia
A produção do conhecimento científico ainda é restrita e desigual, excluindo diversos grupos – inclusive as mulheres. Pessoas do gênero feminino, apesar de terem conquistado mais espaço na academia, ainda esbarram em mais obstáculos do que homens para se manter nas áreas escolhidas de pesquisa. Mesmo assim, mulheres continuam reivindicando suas carreiras como cientistas para moldar o mundo e incluir suas perspectivas.
No dia 11 de fevereiro, é comemorado o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. A data é promovida pela Unesco e pela ONU Mulheres como um esforço para incentivar a igualdade de gênero no campo científico. Em comemoração, o Diário do Nordeste conta a história de três cientistas que impactam a produção de conhecimento em suas áreas de pesquisa.
Ser cientista
O que é preciso para ser cientista? Para Cristiane Sousa da Silva, educadora física e doutora em Educação Brasileira, ser cientista requer uma vontade de transformar a sociedade. Foi por essa necessidade de impactar os arredores com suas perspectivas que Cristiane virou pesquisadora. Contradizendo crenças do ambiente acadêmico, a professora levou para o seu trabalho a ideia de que conhecimento pode ser produzido em qualquer lugar, por qualquer pessoa.
Formada em educação física, apenas no mestrado Cristiane conseguiu encontrar o tema de pesquisa que levaria para toda a carreira: a educação antirracista. Em sua tese de doutorado, a professora promoveu a troca de conhecimentos entre alunos de uma faculdade particular de Quixadá e a comunidade do Quilombo Sítio Veigas, também localizado na cidade. A produção de trabalhos de conclusão de curso com temática étnico-racial, que antes não existia na instituição, ganhou mais de 10 novas monografias.
O impacto também foi sentido na comunidade, que agora tem diversos alunos em universidades federais. “Ver adolescentes que estavam lá em 2015 ainda no ensino médio e que hoje estão na Unilab, ocupando espaços da academia, pra mim é muito importante”. Com o intuito de continuar incentivando jovens, principalmente meninas negras, a seguir produzindo conteúdo científico, a professora mantém o projeto acadêmico “E não sou eu uma cientista?”, por meio do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi) do Instituto Federal do Ceará (IFCE).
Fonte:https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/metro/mulheres-cientistas-mostram-como-a-inclusao-do-genero-feminino-contribui-para-o-conhecimento-1.3045559?fbclid=IwAR3XlhRGZUNs5V7cABXaagHBWfAJdcPrc5OFs0xMiLqpoZ7gy1xNtFRAtmo